O teto sempre foi o princípio básico de um abrigo, sinônimo, também, de uma casa.
O teto protege e, pelo teto, começamos um olhar sobre a moradia.
Em relação ao telhado, podemos fazer inúmeras dissertações; mas o teto é aquilo que vemos todos os dias na nossa casa, quando deitamos ou quando estamos relaxados ou tensos.
Olhar para o teto é um hábito comum em casa – dá sempre a sensação de proteção.
Incrível a grande diferença para aqueles que moram em casas cujo pé direito (altura do teto) é baixo e para aqueles onde o teto é alto.
Essas diferenças são vistas psicologicamente na formação de um indivíduo em sérios estudos.
Fico muitas vezes triste, como arquiteta, em não conseguir resolver, como eu gostaria, alguns casos quando o pé direito é muito baixo… Entendo a força do mercado imobiliário, que também fica pressionado com poucos espaços.
Afinal, esse é o preço que se paga por morar nos centros urbanos. Porém, para tudo existem soluções criativas que amenizam e disfarçam falhas. A primeira providência é deixar o teto sempre claro se ele for baixo.
Nós, aqui nos trópicos mais que em outras partes do mundo, precisamos nos sentir sem opressão do teto baixo, e cor clara sempre ajuda, além de proporcionar aquela sensação fresca.
Gosto muito de fazer pinturas – além de divertidas, elas amenizam, de forma criativa, o teto baixo.
E, em alguns raros casos, também trazem uma sensação de conforto em tetos muito altos em locais de temperatura fria.
Papéis de parede lindos no mercado da loja Orlean fazem o papel da pintura, que nem sempre pode ser feita. Papel de parede é rápido, lavável e mais barato se a pintura for artística.
Aconselho sempre, se for para tirar a sensação de pé direito baixo, usar cores e temas leves e claros.
Não nos podemos esquecer da nossa condição única e intransferível: somos moradores de um país e de uma casa extremamente tropicais!