De poucas coisas Angela Ro Ro tem do que se lamentar , atualmente. Uma delas, de uma bobeira de juventude: tinha viajado com o cineasta Glauber Rocha para a Europa – ele era seu grande amigo e admirava o raciocínio rápido de Ro Ro – e, na Itália, foi convidada pelo famoso cineasta Michelangelo Antonioni ( Blow Up, Profissão: Repórter) para atuar como atriz, mas amarelou com a responsabilidade.
Outra coisa são suas conquistas amorosas: a cantora e compositora, ao contrário do que se acredita, se diz tímida e acha que as pessoas com quem se envolve esperam uma vida de glamour que ela não tem para oferecer. Fora isso, Angela está como seu último CD e DVD: “Feliz da Vida!”, e com temporada renovada do seu programa “Nas Ondas da Ro Ro”, no Canal Brasil.
Ela pretende festejar seus 35 anos de carreira, em 2015, com uma turnê pelo Brasil, se o patrocínio surgir. Nesse último CD, reviu em dueto com Maria Bethânia a bonita “Fogueira” e também cantou com Frejat seu grande sucesso, “Amor meu grande amor”. Mas o disco tem 13 inéditas, dentre as quais um samba, “Salve Jorge!”, cantado com Diogo Nogueira, e até um coco-embolada, “Pinto Velho”. Moradora de Copacabana, onde gosta de andar de bicicleta, Angela está mais light do que nunca, como diz a letra da música “Canto Livre”: Chega de arrombar portas abertas/ … Hoje sou mais eu e minhas emoções/.
UMA LOUCURA: “Depois de 16 anos de sobriedade continuar completamente louca de criação, questionamento e lucidez”.
UMA ROUBADA: “Drogas, álcool, tabaco, má alimentação e sedentarismo”.
UMA IDEIA FIXA: “Me defender dos ladrões da privacidade!”
UM PORRE: “Gente de porre”.
UMA FRUSTRAÇÃO: “Em Roma, quando bem jovem, não ter aceitado filmar com Michelangelo Antonioni. Fiquei insegura e pulei fora!”
UM APAGÃO: “Não reconhecer um amigo em algum lugar….e sorrir ingenuamente para um desafeto… esquecer os óculos!”
UMA SÍNDROME: “Desde criança cavei buracos na areia e nos muros para chegar no outro lado do mundo – Síndrome da China”.
UM MEDO: “Tenho medo de ter medo”.
UM DEFEITO: “-Falar demais para quem quer ouvir de menos”.
UM DESPRAZER: “Observar alguém que não dá valor à vida”.
UM INSUCESSO: “Minhas conquistas amorosas”.
UM IMPULSO: “A coragem me protege!”
UMA PARANOIA: “Que a minha paranoia seja realidade”.