Um dos grandes equívocos culturais durante décadas foi a crença de que somos indivíduos isolados e que não precisamos nos preocupar com nossas interconexões.
Incentivamos o orgulho e o sucesso pessoal, visando ao poder, criando uma sociedade adrenalizada, baseada em defesa e ataque, que nos distanciou de nosso objetivo: a felicidade.
A filosofia piramidal do poder é uma proposta de constante frustração e desequilíbrio.
Muitos têm que perder para que poucos possam ganhar – é o jogo do ganha/perde.
Descobrimo-nos ao alcançar o poder almejado, depois de muitas lutas, numa prisão solitária e assustadora, alvo da inveja e do ódio disfarçado de muitos.
Sem o conhecimento de outras possibilidades, só resta a frustração, a doença e a morte, quando tudo o que queríamos era apenas provar a nossa capacidade e encontrar a aprovação.
Na busca do potencial, atributo pessoal e intransferível, o indivíduo encontra o prazer da manifestação e da realização do seu ser, sendo o compartilhar não apenas desejado, como também o impulso natural.
É a troca da luta pelo esforço, do isolamento pela interdependência, da competição pela cooperação, do orgulho pelo prazer, do político pelo natural.
A competição é o desejo de afirmação.
A competência é a manifestação do potencial.
O poder é a onipotência do ego.
O potencial é a humildade do Ser.