Diogo Vilela passou a infância em Vila Isabel, na Zona Norte carioca, e cedo começou a carreira de ator: aos 12, estreava na televisão na novela “A Ponte dos Suspiros”, de Dias Gomes. Aos 17 já era profissional e, desde então, nunca mais deixamos de contar com seu talento no vídeo: nos últimos anos, ele foi o Remela, em “A Grande Família”, Felizardo Barbosa na novela “Aquele Beijo”, o investigador Miller em “O Dentista Mascarado” e o Doutor Zoltan em “Pé na Cova”, personagem, aliás, que ele vai voltar a interpretar na temporada de 2015.
Ator completo, de teatro, cinema e TV e de todos os gêneros, Diogo já fez os musicais “Cabaret”, “A Gaiola das Loucas”, “Metralha” (A vida de Nelson Gonçalves), “Cauby! Cauby!”, “Ary Barroso do princípio ao fim” e agora está em cartaz, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, em “Sim! Eu aceito! – o musical do casamento”. Nesse último, além de cantar e interpretar também sapateia, arte que aprendeu ainda pequeno, com a mãe, que era bailarina, e que depois aprimorou.
Diogo tem vários sonhos, inclusive o de abrir uma faculdade e um teatro, através de uma fundação a ser criada. “Acho importantíssimo estar entre os jovens, que trazem novos horizontes”, diz.
UMA LOUCURA: “A violência desmedida”.
UMA ROUBADA: “Trânsito. Mesmo que seja para melhorar em 2017, sei lá, e mesmo eu estando vivo, estarei velho demais para usufruir!”
UMA IDEIA FIXA: “Teatro”.
UM PORRE: “Nunca tomei um porre, o que seria fácil, porque não bebo. Se eu tomar duas latinhas viro outra pessoa!”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Gostaria que a cultura fosse levada a sério no Brasil!”
UM APAGÃO: “A falta de verdade!”
UMA SÍNDROME: “De saudade! Sei que a reflexão faz parte do amadurecimento quando chegamos à meia idade. Mas dói!”
UM MEDO: “Tenho medo de tudo, a princípio. Mas, depois, fico forte! Sou desconfiado, sensível demais, capto tudo que está no ar, o que me torna profundamente vulnerável. Sofro por tudo e por todos! Por isso estou sempre em alerta! Já tentei relaxar, mas o mundo não deixa!”
UM DEFEITO: “Sou obsessivo com as coisas da minha profissão! Talvez por estar dedicando minha vida à ela”.
UM DESPRAZER: “Quando nós, atores, não estamos trabalhando. As coisas vão perdendo a graça aos poucos, daí, quando nada mais nos importa, só o palco salva!”
UM INSUCESSO: “Prefiro não comentar, eu envolveria terceiros e seria antiético. Mas tenho vindo bem, como uma escola de samba. Às vezes atingimos objetivos. Às vezes, descemos”.
UM IMPULSO: “Aprendi a me controlar em tudo virada do século. Senão, penso eu, seria super mal interpretado. Mas adoro ver pessoas que são impulsivas, sem medo! Eu as invejo por que adoro a liberdade!”
UMA PARANOIA: “De morrer sem ter feito certas peças que conheço, como alguns clássicos, que eu amo ( “A morte de um caixeiro viajante”, “Seis personagens à procura de um autor”, “Júlio Cesar”, “Coriolano”, “Rei Lear”, “Esperando Godot” e “O doente imaginário”). E tenho medo, também, que a cultura seja tão abandonada no Brasil que esses clássicos, os que eu julgo serem tão essenciais a todos que o vissem – por fazer crescer humanamente – pela pregação da indiferença no mundo, tornem-se indiferentes por aqui”.