Terceiro deputado estadual mais votado do Rio nas últimas eleições – foram mais de 160 mil votos, que lhe garantiram a reeleição para a Alerj – Flávio Bolsonaro vai homenagear Jorginho Guinle com a Medalha Tiradentes e o título de benemérito do Estado do Rio, na quinta-feira (13/11). Muitos estão estranhando o que o parlamentar do PP, filho do também deputado Jair Bolsonaro, e que compartilha com o pai posições conservadoras – ele é a favor da pena de morte para crimes hediondos, redução da maioridade penal, contra a demarcação de terras indígenas e contra o desarmamento – teria a ver com o maior playboy que o Brasil já teve.
Flávio não se importa de contar como tudo aconteceu: ele foi procurado por um grupo empresarial que gostaria de prestar essa homenagem à família Guinle no centenário de nascimento de Jorginho e aceitou tomar a dianteira da iniciativa. “Não conheço a Georgiana nem o Gabriel”, conta, referindo-se aos filhos de Jorginho,” nem sei muito sobre a história dele, mas admiro muito o fato de ter colocado o Rio em evidência no cenário mundial, trazendo vários artistas para cá numa época em que o trabalho de relações-públicas nem era reconhecido. Se hoje o Rio é o que é, muito se deve a ele”, diz.
O site também perguntou ao político se Jorginho nunca ter trabalhado não entrava em choque com sua filosofia de vida. “O dinheiro era dele, ele podia dispor como queria”, comentou Flávio, que se diz envaidecido por poder conceder esse título. “E a fama de mulherengo de Jorginho?”, foi perguntado. “Mas eu também já fui!”, ele exclama.” Hoje estou casado, tenho duas filhas, mas fui mulherengo, guardadas, é claro, as devidas proporções com a vida de Jorginho”.