Garoto de 12 anos, aluno da rede municipal carioca, precisou mudar de escola depois de ter sido proibido de frequentar as aulas usando guias de santo, do candomblé, embaixo da camiseta do uniforme. Segundo sua família, a diretora teria proibido o menino de entrar em classe.
O garoto não ia à Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, há mais de um mês, segundo sua mãe, Rita de Cássia, porque a diretora havia avisado que não permitiria a presença dele usando guias ou quaisquer outros trajes característicos do candomblé, como publicado no jornal O Dia, em matéria apurada pelos jornalistas Athos Moura e Vania Cunha.
A diretora foi procurada pela reportagem, mas na escola informaram que o contato teria que ser feito com a Secretaria Municipal de Educação; ainda acrescentaram que a diretora alegou ter havido um “mal entendido”.
É o caso de pensar: e se fosse na Bahia, onde a maioria usa guias para proteção? E se essa senhora pudesse contratar Caetano Veloso, Maria Bethânia ou Gilberto Gil e outros tantos artistas para um show no seu aniversário, por exemplo, iria proibi-los se usar as guias que eles não tiram? E alguém que quer mandar na opção religiosa, sexual ou algo do gênero da vida do outro pode dirigir uma escola?