Evandro Teixeira, bom baiano que é, lançou primeiro sua biografia, o livro “Evandro Teixeira – Um certo olhar”, dia 5, em Salvador. Mas, nesta quarta-feira (24/09), chegou a vez do Rio, onde ele vai fazer noite de autógrafos na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, a partir das 19h. O livro, editado pela 7 Letras e com texto e pesquisa da jornalista Silvana Costa Moreira, tem 304 páginas que contam momentos engraçados, curiosos e dramáticos da vida pessoal e profissional desse que é um dos fotojornalistas brasileiros mais reconhecidos internacionalmente. Evandro tem fotos em acervos de museus do Brasil e do exterior e fez parte da mostra dos 40 mais importantes fotógrafos do mundo – o outro brasileiro era Sebastião Salgado – ao lado de Henri Carter Bresson, Marc Rimbaud e Robert Capa, na Galeria da Leica, em Nova York.
Lendo a obra fica-se sabedo, por exemplo, que ele quase foi mandado de volta à Bahia no início da carreira, tantas foram as mancadas que cometeu em início de carreira. Lá estão todas as suas fotos conhecidas, como a que retrata a repressão policial ao movimento estudantil de 68. Quem assina a orelha é Luís Fernando Veríssimo, que diz: “Quando o fotógrafo é o Evandro, até a paisagem faz pose” (…) “Mas a sua maior arte é a de retratar o humano, seus dramas e alegrias, com sensibilidade rara. E convivi com ele o bastante para saber que, além de tudo, é um grande cara”.
E Sebastião Salgado vai na mesma linha: “Ele se dedicou bastante em um trabalho que foi além do fotojornalismo, que é a fotografia documental. Além disso, conhece todo mundo, tem boa relação com todas as pessoas, das mais simples às mais sofisticadas. É raríssimo alguém assim. Para mim, é a pessoa talvez mais completa dentro do mundo da fotografia de reportagem brasileira”.