A chegada maciça de estrangeiros ao Rio está fazendo algumas cariocas perderem a linha. Amiga do saite que foi fazer o cabelo num salão entre a Barata Ribeiro e a Siqueira Campos testemunhou a seguinte cena: um alemão moreno, muito bonito, pediu para fazer uma massagem (estética, é bom esclarecer), enquanto seu amigo louro cortava o cabelo. A funcionária do salão, alta, magra, morena clara, levou o cliente estrangeiro para a sala na parte superior da casa e, em menos de dois minutos, voltou com ele, dizendo para seus chefes que o alemão tinha achado a sala muito pequena e que ela estava levando o cara para sua casa, para fazer o atendimento… com mais conforto– ahã!
Outras estão se perdendo é na tradução. As mais jovens, que se conectam com os gringos através do aplicativo Tinder, enfrentam a barreira do idioma, já que a troca de mensagens é por escrito. Os encontros em shoppings, quando marcados para ao lado da escada rolante, quase sempre dão errado: americanos e ingleses não acham nunca as “rolling stairs”.