Será apenas uma coincidência que, nesta época do ano, apareçam tantas notícias sobre atos de solidariedade ou o espírito natalino realmente opera mudanças – positivas – nas pessoas? A última: sabe a história do cego e de seu cão-guia que foram atropelados por um trem no metrô de Nova York? Pois bem, em menos de 24 horas, já chega a US$ 40 mil o valor que ele recebeu em doações pela internet, de pessoas preocupadas com o seu futuro e o de seu labrador.
Cecil Williams tem 60 anos. Na tarde de terça-feira (17/12), ele queria pegar o metrô para ir ao dentista. Na plataforma, sentiu-se mal e desmaiou, caindo nos trilhos. Orlando, o cão-guia, pulou atrás dele, na tentativa de salvá-lo. Então, latiu até cansar, chamando a atenção dos outros passageiros, que começaram a gritar, desesperados, enquanto o trem aproximava-se da estação, em Manhattan. O condutor não conseguiu parar a tempo e Cecil e Orlando foram atingidos; o cão está bem e seu dono sofreu fraturas e outras lesões que não colocam sua vida em risco.
“Ele salvou a minha vida”, disse Cecil, sobre o melhor amigo que virou herói. Agora, muitos querem salvá-la pela segunda vez. É que o plano de saúde só vai cobrir os gastos com o cão-guia até janeiro, quando Cecil se aposentará. Ele precisa de dinheiro para evitar que Orlando seja entregue para adoção. Comovidos, os norte-americanos que acompanharam a história à exaustão pela TV tentam escrever um final feliz.