Uma exposição no mínimo inusitada pode ser vista no l’espace Djam, em Paris: “Flags to the Old Regime”, do astro do rock inglês, poeta e também artista plástico Pete Doherty. São 30 obras, colagens, desenhos tipo rascunhos, fotos e cartas – o estilo é um pouco duro, mas sempre franco e puro. Mostra bem o espírito atormentado de Doherty, como se fosse um quebra-cabeça de suas projeções psicológicas. Os fãs do roqueiro, que já conhecem seu estilo l‘enfant terrible, vão apreciar suas obras, com certeza. A expo é um brilhante momento da rebeldia rock’n roll. Em cartaz somente até a próxima sexta-feira (08/12).
Mudança de direção: a famosa boutique multimarcas Merci, que até há pouco pertencia à familia Cohen, proprietária do grupo Boinpoint, mudou de mãos – a partir de agora, é da familia Gerard Darel. A direção explicou que era necessário encontrar uma família empreendedora que desse continuidade ao trabalho realizado com tanto sucesso, como a seleção de produtos de ponta, coleções-cápsula de estilitas famosos e, sobretudo, presevar os valores da indentidade da loja e a dimensão criativa que ela inspira. Em poucos anos, a Merci conseguiu uma notoriedade no mundo fashion quase igual à da Colette, e esperamos que continue assim nesta nova fase.
Novidades no prêt-à-porter parisiense: segunda linha da marca Balmain, a Pierre Balmain, que, até a última coleção, era produzida e comercializada pela empresa italiana Itierre, passou a ser feita pela maison francesa. As primeiras peças serão apresentadas para a imprensa e compradores em janeiro de 2014. Segundo a direção da empresa, a decisão de produzir a Pierre Balmain em casa é para acentuar a característica “rock-chique” da maison, com o requinte que se tornou a assinatura do estilo Balmain. Os clientes já estão festejando a novidade – e também o fato de o preço da coleção ser bem acessível.
A Chambre Syndicale de la Haute Couture elegeu mais três convidados para a próxima semana de Alta Costura. Marco Zanini, da Schiaparelli, Ralph & Russo e o estislista Serkan Cura. Eles foram escolhidos pela excelencia de seus trabalhos como diretores artisticos, que, depois dos desfiles de janeiro, terão uma visibilidade ainda maior. São desfiles que, mais uma vez, vão festejar o luxo e o sonho!
O francês Olivier Massart é chamado de homem que cria sonhos. E seu livro “Faiseur de Rêves”, pela Editora Assouline, confirma esta fama. Artista da moda e cenógrafo, Olivier assinou os maiores e mais lindos eventos do segmento: as quatro décadas da maison YSL no Stade de France, o centenário da Torre Eiffel e vários outros, sem contar os 7.000 desfiles, em 40 anos de carreira, para estilistas como Paco Rabanne, Kenzo, Yves Saint Laurent e John Galliano.
Com a sua forma de expor luz, imagens e sons, os desfiles ganharam alma. O livro traz 255 páginas de imagens inéditas, bastidores, desfiles, croquis, fotos – enfim, uma parte do universo deste grande artista que sempre misturou técnica e poesia no seu trabalho. E, assim, conquistou o respeito e a admiração no cenário internacional da moda. Bacanérrimo!
No próximo dia 17, o espaço Piasa Rive Gauche, em Paris, vai fazer um venda super especial: 205 lotes de cerâmicas francesas que datam de 1945 a 1970, de artistas como Pol Chambost, Georges Jouve e Guidette Carbonell. O interessante é que, dentro desta venda, há um lote de 99 peças do diretor artístico da Dior, Raf Simons, que coleciona objetos de cerâmica há mais de 13 anos. Impressionante a beleza das obras resultantes de uma mistura simples de terra, água e fogo, revelando um aspecto solitário destes artistas da argila.