Natal, para muitos, não passa de uma festa comercial. Alguns nem sabem que é comemorado o nascimento de Jesus Cristo; poucas famílias mantêm o espírito que a ocasião pede. Um dos mais tradicionais – com missa, Papai Noel “de verdade”, decoração a rigor, ceia, músicas natalinas, espírito verdadeiro da famosa comemoração – é o da família Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa. Ali, são vistas quatro gerações desse clã tão representativo no Rio, pra lá e pra cá, num cenário bastante famoso da cidade carioca, sem perder de vista o principal dessa festa. A entrevista é com a vice-presidente do Grupo Monteiro Aranha, Lilibeth Monteiro de Carvalho, atualmente, responsável pela organização do evento.
UMA LOUCURA: “Loucura é o que virou o Natal para a maioria das pessoas: uma festa comercial. Ninguém pensa no espírito verdadeiro – só nos presentes.”
UMA ROUBADA: “Roubada é viver, às vezes, com medo da violência no Rio, a cidade que mais amo no planeta.” (Lilibeth nasceu em Copacabana, passou grande parte da vida em Santa Teresa e mora em São Conrado)
UMA IDEIA FIXA: “Ideia fixa de ser feliz, sempre da melhor e mais alegre maneira possível.”
UM PORRE: “Quem nunca tomou seus porres? Melhor que seja em casa do que na rua (rs).”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Minha frustração é não ter estudado mais. Casei adolescente, aos 17 anos (com o ex-Presidente Fernando Collor de Mello), e parei de estudar. Por isso, sempre fiquei atrás dos meus filhos (Arnon de Mello Neto, Antonio Pedro Collor de Mello e Sergio Floris) pra estudarem. São todos formados com pós-graduação em Harvard, Boston etc. Quase torturei todos eles com isso.”
UM APAGÃO: “Falou em apagão, penso nos políticos, cada vez mais corruptos. Acho que o Brasil foi apagado da cabeça de tantos deles – só pensam em si mesmos.”
UMA SÍNDROME: “O que é isso?”
UM MEDO: “Medo de que o Papai Noel não ‘exista’ e que a ingenuidade, vinculada à sua figura, desapareça das nossas vidas; além de ter pavor de altura e de escuro (durmo sempre com uma luzinha tímida acesa no meu quarto).”
UM DEFEITO: “Acreditar nas pessoas é um defeito? Sempre acredito que existem pessoas maravilhosas no mundo, muitas delas, minhas amigas.”
UM DESPRAZER: “A decepção, seja com quem for ou do jeito que for, é um grande desprazer.”
UM INSUCESSO: “Os insucessos são muitos e podem ser o caminho para o sucesso, pelas lições que nos deixam.”
UM IMPULSO: “Impulso em atender aos pedidos dos amigos. Quero sempre ter um olhar atento e carinhoso para cada um deles. Não sei se sempre consigo.”
UMA PARANOIA: “Sem paranoias – não me lembro de nenhuma; pelo menos, não agora.”