Coerente com os votos de humildade que vem adotando desde que assumiu a chefia da Igreja Católica, o Papa Francisco escolheu começar o dia do seu aniversário na companhia de um grupo em situação de risco. Nesta terça-feira (17/12), depois de celebrar missa, o pontífice tomou o café da manhã com desabrigados que vivem em ruas na vizinhança do Vaticano – o gesto pode ser visto como uma primeira lição de Natal.
Tal como as bem-aventuranças de Cristo em seu Sermão na Montanha, três sem-teto (um checo, um polonês e um eslovaco) ainda dormiam sobre papelões quando foram surpreendidos pelo enviado do pontífice, o arcebispo Konrad Krajewski, com o seguinte convite: “Vocês viriam à festa de aniversário do Papa Francisco?”. O vira-lata de estimação dos desabrigados também participou do café, durante o qual um deles disse: “Vale a pena ser pobre porque podemos ser recebidos pelo Papa”.
O papa está sendo homenageado por seus 77 anos desde o fim de semana. Os peregrinos na Praça São Pedro já cantaram “Parabéns pra Você” e, no sábado (14/12), crianças assistidas pelo Dispensário Santa Marta, instituição social mantida pela Santa Sé, prepararam uma festa surpresa para ele, com bolo, música e um agasalho como presente. E, depois da “Time”, agora é a vez da “The Advocate”, a mais antiga revista em defesa dos direitos gays nos Estados Unidos, eleger Francisco como “O Homem do Ano”. Demonstrações como estas indicam que “O Papa dos Pobres” ou “O Papa do Povo” não está pregando no deserto.