Desenhos à guache, estudos em grafite, pinturas – somente obras inéditas. Os cariocas vão ter a chance de rever (ou conhecer) o trabalho de um suíço apaixonado por nosso País: John Graz, um dos maiores representantes do modernismo brasileiro, expoente da Semana de 1922 e que ainda tem uma vasta obra para ser descoberta e catalogada.
A partir da próxima quinta-feira (17/10), o Centro Cultural Correios, no Centro (Rua Visconde de Itaboraí, 20), em parceria com o Instituto John Graz, apresenta uma seleção de 150 obras retratando países onde ele viveu ou passou longas temporadas, como Brasil, Grécia, Espanha, Itália, Marrocos e sua Suíça natal. A partir da década de 20, o artista radicou-se aqui; casou-se e passou a morar em São Paulo (onde morreu, em 1980, aos 89 anos) e, daí, iniciou inúmeras viagens pelo interior e para a Amazônia. Não por acaso, um dos destaques da mostra são as anotações de índios e barcos dos rios da região.
O espectador vai viajar através das telas do suíço-brasileiro, como diz o curador da exposição, Sérgio Pizoli: “John Graz tem uma vasta obra ainda a ser resgatada. Quem não o conhece, terá agora uma ótima oportunidade. E para quem já o conhece, poderá apreciar obras inéditas”. Apreciar e entender por que ele era chamado por Oswald de Andrade de “meu artista futurista”.