Houve um ano mágico na história do Brasil – um ano em que todos os dias pareciam ser Ano Novo. Novidades incríveis. Brasília vira sede do Governo. Brasil ganha a Copa do Mundo… E João Gilberto grava “Chega de Saudade”. Esse universo mágico, animado, embalado pela alegria de ser brasileiro, recheado das mais lindas músicas, é o resultado de “A bossa do mundo é nossa”, um espetáculo que reatualiza a lembrança sobre um momento ímpar de nosso pais.
O livro “Feliz 1958 – O ano que não devia terminar”, do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, best-seller no final da década de 1990, inspira a comédia musical “1958 – A Bossa do Mundo é Nossa!”, dirigida por André Paes Leme. “É uma comédia musical, um espetáculo de variedades em que os quadros se sucedem”, explica o diretor. “Vamos passando por vários assuntos, como a bossa nova, os concursos de misses, a construção de Brasília, a escolha do Papa, a juventude transviada e outros.”
O elenco de seis atores é formado por Andrea Veiga, Bianca Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Matheus Lima que cantam, dançam e representam os diversos papéis das historietas que compõem o panorama da época. Andrea Veiga revela-se uma brejeiríssima atriz de musical, para se usar uma expressão da época, cantando e encantando ( já estamos no clima!).
A variedade de temas que se intercalam acaba por remeter a plateia ao mundo que mistura infância, nostalgia, vontade de viver e esperança de futuro. O fio narrador, o jogo final da Copa de 58, faz com que a ação vá num crescendo e acabe na melhor lembrança de 1958. Aí acontece a vitória acachapante do Brasil, aquela que faz com que o estrangeiro se curve a nós: nasce a Bossa Nova, o fenômeno que não termina jamais. E sai-se da peça com essa alegria de ver que ainda existe muito pela nossa frente.
Serviço:
Teatro Laura Alvim
Sexta e Sábado, 21h
Domingo, 20h