Com uma história de vida cheia de altos e baixos, Yayoi Kusama é considerada uma das maiores artistas pop japonesas. Sua bela arte contemporânea, conhecida como “Polka Dot”, mistura colagens, pinturas, esculturas, arte performática e instalações ambientais, onde é visível uma característica que se tornou marca: a obsessão por pontos e bolas.
Quando tinha 27 anos, Kusama partiu para os Estados Unidos, a pedido de uma grande amiga e artista, Georgia O’Keeffe. Àquela época, o Japão ainda se recuperava da Segunda Guerra, e Kusama percebeu que, em outras terras, poderia ganhar mais reconhecimento. Em Nova York, trabalhou com Andy Warhol, Joseph Cornell e Donald Judd, passando logo a liderar o movimento da vanguarda. Sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, feminista, moderna e revolucionária por natureza.
Em 1973, com problemas de saúde, Kusama voltou para o Japão. Seu transtorno obsessivo havia se agravado e, assim, ela internou-se num hospital psiquiátrico. Lá vive até hoje, aos 82 anos, por vontade própria, apesar de usar seu apartamento a poucos minutos do hospital como ateliê para sua mente inquieta e sem limites. Suas obras agora podem ser vistas no Brasil: neste fim de semana, abre para o público no Rio, no Centro Cultural Banco do Brasil; em fevereiro, estará no CCBB de Brasília e, em maio, no Instituto Ohtake, em São Paulo. O coquetel de inauguração foi nessa quinta-feira (10/10). Veja as fotos na Galeria.