Ataques de estrelismo: alguns nomes ainda conseguem viver disso. Culpa deles ou de assessores que acham que estão lidando com uma divindade? Ah, jura? Bom, isso pode se tornar um papo longo…. Aos fatos: na noite dessa terça-feira (29.10), a Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, recebeu a inauguração, para convidados, da exposição “The Little Black Jacket”, assinada por Carine Roitfeld (atual diretora da publicação Harper’s Bazaar) e Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel. O evento já começou com uma baixa – um tanto quanto estranha – da atriz Uma Thurman, que desistiu, de última hora, de sua participação na noite, digamos, estrelada por outros nomes, como M.I.A e Diane Kruger.
Por lá, diversos fotógrafos aguardavam ansiosamente a chegada do “Kaiser”, assim chamado Karl Lagerfeld. Problemática? Demora dos convidados? Os profissionais ficaram horas esperando, isso sem ter qualquer tipo de gentileza pela organização do evento (leia-se: nem água, todos num “chiqueirinho” apertado, tratados como um NADA). Eis que Lagerfeld chega. Claro que o furdunço aumentou, com truculentos seguranças e assessoria dizendo que ninguém poderia tirar foto do estilista. O quê?
E não deu outra: diante de tamanha soberba e falta de preparo, vários fotógrafos acabaram indo embora, mesmo antes do fim do evento, como forma de “protesto”, cabendo um “basta de sermos tratados assim”.
Coisas do gênero nos fazem refletir sobre a indelicadeza praticada: Karl Lagerfeld tem um talento indiscutível, mas, entre nós, quem é ele por aqui?. Que poder é este midiático-desesperador que o trata quase – senão como – um inventor da penicilina – no mínimo!
Em tempo: amigo da coluna comenta que um diretor da Chanel perguntou “quando é a semana de moda brasileira?”. Caro, estamos nela. E teve desfalque de cobertura na SPFW, por causa do evento de sua grife. Não ter foto de Lagerfeld é mesmo uma perda enorme para os brasileiros: homem de raro talento físico, beleza do Davi de Michelangelo, grandeza do Dalai Lama, bondade da Madre Teresa de Calcutá, é mesmo lindo como poucos – em todos os sentidos. Karl Lagerfeld e a síndrome brasileira do “lá de fora é melhor”! Boa viagem, criatura equivocada pretensiosa!