A plateia no Cais do Porto – uma das sedes do Festival do Rio – ficou lotada no domingo (06/10). A atração não era nenhum diretor ou ator badalado, tampouco uma superprodução. Todos estavam ali para ver e, principalmente, ouvir uma mulher que sabe, como poucos, lidar com um escândalo: Judy Smith, ex-assessora da Casa Branca, conhecida como uma poderosa “gerenciadora de crises”.
Os homens pareciam hipnotizados com a beleza e a simpatia de Judy; as mulheres, com sua sabedoria e elegância. Ela veio divulgar “Scandal” – título muito apropriado para a série inspirada em sua vida, produzida pela Sony. Além de exibir o programa-piloto, falou sobre a experiência na administração de George Bush (pai) e da empresa que montou depois de deixar o governo norte-americano. Uma de suas clientes foi Monica Lewinsky, a estagiária que quase derrubou Bill Clinton – quem não se lembra do episódio ”vestido azul-eu nunca fiz sexo com essa mulher”?
A dica de Judy para contornar uma crise é simples: sinceridade. “O maior erro das crises acontece quando não se fala a verdade. Ela sempre acaba aparecendo; é só uma questão de tempo”, aconselha. Em tempo, aliás: não esperem que ela revele, no seriado, algum podre da Casa Branca ou de qualquer bacana. Seria mesmo um escândalo; Judy é fiel ao acordo de confidencialidade com seus clientes.