Avesso a qualquer tipo de mordomia, o papa Francisco, conhecido como “o papa dos pobres”, talvez nem faça ideia de como já tem gente lucrando com sua visita ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28/07. De fabricante de hóstia a churrascaria, parece que a multiplicação dos pães chegou para muitos.
Alguns serviços são, digamos, “oficiais”, aprovados pelo Vaticano, já que fazem parte da infraestrutura do evento. Aí entram, por exemplo, a produção de 4,5 milhões de hóstias – sim, quatro milhões e meio, para seis dias de missas! – e a escolha de uma rede mundial de fast-food para alimentar os esperados 2 milhões de fiéis na etapa carioca da jornada.
Para quem prefere uma refeição mais substancial, uma opção poderia ser um rodízio de carnes – carnes, claro, da terra natal do papa. A proposta é da Churrascaria Palace, que apresenta, durante todo o mês de julho, o Festival Argentino em homenagem a Francisco, com os mais tradicionais cortes portenhos: chorizo, ancho, vazio, assado de tira, ojo de bife, shoulder steak e tapa de cuadril. Para terminar, Trilogia Portenha, com sobremesas típicas dos hermanos.
Mas, se o objetivo é alimentar a mente, entra em cena a Editora Universo dos Livros, com a biografia “Francisco, o papa dos humildes”. Escrito pelo correspondente do Vaticano Andreas Englisch, o livro se propõe a revelar o que levou a Cúria a escolher Jorge Mario Bergoglio para suceder Bento 16.
É, definitivamente, um papa pop, que tem até Twitter, com mais de 7 milhões de seguidores no mundo. Com a popularidade, ele já mostrou saber lidar bem. Resta ver como vai lidar com a capitalização de sua imagem.