De um lado, comerciantes irritados com a quantidade de lixo amontoado na porta de seus bares, restaurantes e lojas; do outro, a Prefeitura, de prontidão, para pôr em prática o projeto de multar quem sujar as ruas. Os cariocas estão no meio de uma guerra – a Guerra do Lixo.
Esta coluna recebeu várias denúncias de comerciantes indignados. Eles dizem que, para não afugentar turistas já assustados com a quantidade incomum de lixo nas ruas, estão arregaçando as mangas e pegando em vassouras para deixar a cidade mais limpa. Em frente ao Lab’s, na Rua Redentor, por exemplo, um manobrista costuma varrer a rua; o mesmo acontece na Dias Ferreira, no Leblon, quando alguns garçons da área, do Esch Café, por exemplo, fazem montinhos de lixo, que ali ficam dias…
Procurada, a Comlurb responde: as denúncias não procedem. E afirma que “as ruas são varridas diariamente, em três turnos, e que os resíduos são removidos sem nenhuma interrupção”. Desculpa, Comlurb, citamos dois exemplos anteriores, acompanhados por uma jornalista do site, cuja grande parte da vidinha se passa exatamente na Dias Ferreira: o lixo permanecia lá, sem trégua, alguma vezes, colando no asfalto, com eventuais chuvas, uma espécie de mingau.
A Comlurb tem, em seu quadro, 14.608 garis, ou seja, 1 para cada grupo de 432 moradores do Rio. São profissionais queridos pela população, mas parece que essa proporção não é suficiente, ou melhor, espera-se que passe a ser a partir do dia 1 de julho, quando os infratores que sujarem as ruas serão multados.