Enquanto o Plenário da Câmara vive a expectativa de votar, na próxima semana, o polêmico projeto conhecido como “cura gay”, outros países enviam um sinal claro de que é preciso rever os conceitos sobre os direitos dos casais homossexuais. Nos Estados Unidos, a Suprema Corte acaba de reconhecer que casais formados por pessoas do mesmo sexo têm direito aos mesmos benefícios sociais concedidos pelo governo federal aos casais heterossexuais. Além disso, uma segunda decisão do tribunal abriu caminho para a realização de casamentos entre pares do mesmo sexo na Califórnia, o maior estado americano. O presidente Barack Obama comemorou a decisão. “Somos um povo que declarou sermos todos criados de modo igual e o amor que damos ao próximo têm que ser, da mesma forma, igual”, disse.
Na França, que seguiu o exemplo de 13 países e, em maio, aprovou a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, um casal decidiu processar o prefeito de Arcangues, que se negou a oficializar a união. É nessa pequenina cidade nos Pirineus que Guy Martineau-Espel e Jean-Michel Martin, os dois na faixa dos 50 anos, vivem há uma década. “Vamos lutar até o fim”, disse Guy. Por sua recusa, o prefeito de Arcangues, Jean-Michel Colo, já foi advertido pelo governo francês. Agora, está sujeito a uma pena de cinco anos de prisão e ao pagamento de multa de 75 mil euros.
Voltando ao nosso Brasil: o momento parece bem adequado para Dilma marcar um gol (nestes dias de Copa das Confederações), fase arisca de sua relação com a maioria do País, e mostrar seu prestígio agindo nos bastidores (todo político sabe fazer isso, certo?), para tentar derrubar o projeto da”cura gay”, o que poderá ser mais um vexame, caso seja aprovado. A Presidente estaria agradando a grande parte dos brasileiros. Segundo amigo da coluna, que entende do assunto, entre os assumidos e os que ‘vivem no armário’, é quase metade da população. Oi?