O artista plástico Martin Creed deixa o Rio neste fim de semana, depois de uma temporada de três semanas na casa de Frances Reynolds Marinho, no alto do Jardim Botânico. Creed, que já expôs oito vezes na Tate, em Londres; duas vezes no MoMA, em Nova York, e já ganhou o Turner Prize (em 2001), importante prêmio de arte contemporânea, fez ‘residência artística’ na cidade carioca e lá criou 50 trabalhos, que estão expostos tanto dentro da casa, quanto no jardim, mostrado em jantar nessa quinta-feira (14/02) para 100 convidados.
Martin prefere trabalhar no lugar onde vai fazer a exposição, ou seja, compõe a mostra em cada país. Entre as obras de arte, fotos de todos os funcionários da casa, de quem fez o que chama ‘retrato cego’, em que pinta de costas para a tela ou com a mão e o papel dentro de uma caixa fechada e escura, só vendo o resultado depois. Frances, que é colecionadora, cliente da galeria suíça Hauser & Wirth, que representa Creed, está com a casa completamente transformada, de cara nova, já que o artista usou móveis e objetos para fazer instalações. Reynolds, que passa parte do tempo no Rio e parte na Inglaterra, se transformou numa ‘anfitriã das artes’, dizia uma colecionadora carioca, que elogiava tudo que via.