Um carioca – que, no Ministério Público Federal, destaca-se como subprocurador-geral da República – surge num momento em que os dados pareciam lançados para a sucessão do ministro Carlos Ayres Britto no STF: Eugênio Aragão. É o terceiro nome: até agora, o pernambucano Heleno Torres e o gaúcho Humberto Ávila, ambos advogados tributaristas, eram considerados favoritos. “Com Eugênio, a Presidente pode dar mostras de que pretende colocar a relação com o Judiciário em novo patamar”, afirma advogada amiga da coluna. Dilma deve indicar o seu escolhido ainda esta semana.
Currículo não falta a Aragão: é doutor em Direito na Alemanha e mestre na Inglaterra, sempre na temática dos direitos humanos. É professor-adjunto de Direito Penal e de Direito Internacional da Universidade de Brasília.
Entre as diversas funções, foi procurador-geral da Universidade de Brasília na gestão de Cristovam Buarque. Trabalhou, também, no Timor Leste, pelas Nações Unidas, com Sérgio Vieira de Mello, ou seja, muito bem acompanhado. Atualmente, acumula a função de conselheiro do Conselho de Defesa dos Diretos da Pessoa Humana (CDDPH) da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em vaga de professor de Direito Penal, onde preside as comissões especiais sobre os Guarani-Kaiowá e sobre o direito à moradia adequada.