O principal atrativo de um réveillon misterioso, quase particular, numa praia carioca, não são o champagne incrível, os figurinos inacreditáveis ou os DJs vindos da casa do caramba, de jeito nenhum! São os “convidados” ou os não convidados que vão chegando, atraídos pela música, pela falta de roupa (muitos ficam de bermuda, biquíni ou sunga, como o anfitrião), pela brisa, pelo astral.
E tudo ali é pago: uma Coca custa R$ 4 e uma tapioca, R$ 5. Em vez dos camarões gigantes e potes de caviar, virar o ano comendo uma tapioca, com pé na areia, não é o máximo? Ah, você ama estar abraçado a uma Dom Pérignon na virada? Então leva! E outra: quase todo mundo fuma! Vem uma onda, vem outra, as ondas nunca estão severas nessa noite; pelo contrário, bem suaves, numa água fria, mas não gelada. Gelada só a brisa, aliviando o calorão.
O som é comandado por muita gente, mas a música é boa, sem tipo ou ritmo definidos, vindos de uma barraquinha de plástico singela, fazendo muita gente conhecida (vida pública, mas não nesse dia) dançar!
Pode não ser fácil dizer “Feliz ano novo!” ao dono da festa, que some no meio da noite, o que não tem o menor problema – é óbvio que todos que estão ali desejam feliz ano novo a todos que estão ali e aos que não estão ali. As intenções são muito boas, o que já é um primeiro passo.
Foto? Pra que foto? O que está depois dessa tatuagem fica por conta da sua imaginação!