Quem segue Roberta Sudbrack pelo Twitter (@RobertaSudbrack) fica sabendo de todas as detalhes de seu dia a dia no restaurante homônimo, no Jardim Botânico, que reabriu recentemente, depois das férias da chef e sua equipe. RS é uma das chefs mais bacanas do País: nascida em Porto Alegre e criada em Brasília, é daquelas que têm muito o que contar. Começou vendendo cachorro-quente num trailler, o primeiro sucesso da carreira, já que o pão era fresco; a salsicha era artesanal, vinda de uma pequena fábrica gaúcha; e o molho, preparado diariamente por sua avó com tomates frescos. Depois criou a Personal Gourmet, outro marco inovador, onde o cliente tinha um serviço personalizado com a máxima atenção aos detalhes. E, enfim, o posto máximo da carreira: comandar a cozinha presidencial de Fernando Henrique Cardoso – época de responsabilidades e sucessos, na mesma proporção.
À frente de seu próprio restaurante, Sudbrack continua a manter o valor pelos ingredientes brasileiros, fazendo deles verdadeiras experiências curiosas e deliciosas – ali não tem cardápio fixo, o que faz cada refeição ser praticamente exclusiva. Vê-la trabalhando pelo vidro é, para muitos, como assistir a uma ópera: a comparação é real, feita por um cliente assíduo e apaixonado.
Ano passado, Roberta foi a chef da delegação olímpica brasileira na Olimpíada de Londres. O famoso picadinho de filé mignon ficou famoso na capital inglesa.
UMA LOUCURA: “Uma loucura é pão fresquinho com mortadela e champagne gelado. Não há combinação mais gostoso do que essa!”
UMA ROUBADA: “Uma roubada é comida pretensiosa. Simplicidade é a minha praia!”
UMA IDEIA FIXA: “Excelência é uma ideia que não me sai da cabeça, desde que acordo até quando vou dormir!”
UM PORRE: “Tomei um porre de cuba libre na adolescência, foi o primeiro e o último grande porre!”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Minha frustração é não morar no Copacabana Palace! Eu adoro hotéis e o Copa faz parte dos meus sonhos desde que ainda não morava no Rio. Sou absolutamente apaixonada por ele!”
UM APAGÃO: “Nunca encontrar a chave do carro quando eu mais preciso! Sou muito organizada na cozinha, mas na vida…”
UMA SÍNDROME: “Tenho a síndrome da perfeição. Considero uma síndrome porque não acredito que a perfeição exista e assim mesmo a persigo diariamente. Na minha cozinha o elogio máximo é: está “quase” perfeito! A perfeição estagna porque se achamos que a alcançamos, paramos de persegui-la! Viu? É uma síndrome sem cura!”
UM MEDO: “Medo de avião. Hoje em dia viajo muito e tive que me organizar internamente para isso. Mas é algo que sempre me assombra!”
UM DEFEITO: “Meu maior defeito é ter tolerância zero, principalmente na cozinha! Tenho um amigo que diz que eu não sou nem muito chata nem pouco chata: sou justamente chata!”
UM DESPRAZER: “O maior desprazer que existe é a comida ruim. Nada me deixa mais mal humorada.”
UM INSUCESSO: “Ainda não ter minha casinha de sapê na serra. É um desejo antigo, mas ainda que tivesse conseguido realizá-lo, com certeza não conseguiria usufruir como gostaria”.
UM IMPULSO: “Impulso de passar o fim de semana em Paris. Vira e mexe acordo com essa vontade”
UMA PARANOIA: “Comida: vivo e morro por ela!”