A Cruz Vermelha Brasileira (CVB) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já estão instalados no Sul do País, à disposição dos governos municipal, estadual e federal, e dão apoio psiquiátrico às vítimas sobreviventes da tragédia da boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, que aconteceu nesse domingo (27/01), deixando 231 mortos. O apoio se estende também aos parentes e amigos das vítimas.
Além do luto pelos jovens que partiram, é mais que óbvia a necessidade do tratamento dos que ficaram – tanto os hospitalizados quanto os traumatizados pelo acontecido. Por isso, a CVB e a ABP vão dar consultoria gratuita de médicos especialmente treinados em trauma e situações pós-traumáticas, no intuito de prevenir transtornos que podem ser desencadeados em virtude de estresse e que podem causar doenças como depressão, síndrome do pânico, transtornos alimentares, entre outras fobias.
Em paralelo, vai ser posto em prática o programa “Cuidando do cuidador”, de apoio aos profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e bombeiros, já que é normal que tragédias de grandes proporções abalem também os diretamente envolvidos no socorro às vítimas. “São profissionais, mas antes de tudo são seres humanos suscetíveis à dor alheia”, explica Antonio Geraldo da Silva, presidente da ABP.