Como divulgado, a transexual Roberta Nunes (Edgard, na certidão de nascimento) recebeu o seu crachá de identificação na empresa Claro, onde trabalhava, em branco, por não poder usar o “nome social” – aquele que estaria de acordo com a sua aparência, uma mulher, fisicamente falando. Na maioria dos casos, as instituições optam sempre por colocar o nome de batismo do funcionário.
Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, diz: “O município do Rio foi pioneiro no reconhecimento do uso do nome social, assegurando esse direito civil aos cidadãos trangêneros. É uma questão de cidadania”. E, completa: Por que isso? A que ponto vai a maldade humana!”. Hoje, fora da empresa, a física Roberta diz ter usado o crachá em branco por três anos, apesar de a Claro se declarar respeitadora da diversidade.
Tufvesson lembra ainda o projeto Damas na Prefeitura, que capacita travestis e transexuais para as funções que querem exercer, nas mais variadas áreas de trabalho: “Se o critério de contratação for competência técnica, vários profissionais travestis e transexuais podem entrar no mercado: estão incrivelmente capacitados”.