Stevie Wonder chegou, falou, levantou, sentou e cantou (muito), mas a noite foi de Gilberto Gil: não teve pra ninguém – foi showzaço! O baiano levou alegria a Copacabana na noite desse 25 de dezembro. Gil foi pontual (começou às 20h, como marcado no convite), Wonder entrou mais de uma hora depois que o brasileiro parou de cantar: é sabido ser preciso trocar tudo no palco entre um e outro artista, mas o atraso foi grande. Aí o cara chega e fala: “Tudo bem?”, e praticamente faz a plateia ter um orgasmo. Como assim? Poderiam até gozar com o conhecido talento do artista, mas por ele decorar duas palavrinhas em português?
Uma coisa é fato: o americano suou, suou, suou litros. Usar uma “veste” daquelas de mangas longas, num dia que chegou aos 41 graus no Rio? Essa parte foi de dar pena. Mas pelo cachê que ele levou, digamos, qualquer desconforto estaria bem pago. Ninguém sabe direito o valor, aliás, no camarote, tinha muita gente louca pra perguntar ao prefeito Eduardo Paes a quantia exata. O custo aos cofres da Prefeitura foi de R$ 7 milhões, bem acima dos R$ 2 milhões que SW recebeu ano passado, para cantar no réveillon de um cassino em Las Vegas.
Segunto nota da RioTur, “O valor corresponde aos shows de Wonder e Gilberto Gil e a logística que envolve essas apresentações, que, além de tudo, acontecem em feriado”. Ainda, segundo a empresa, engloba o deslocamento dos técnicos, músicos e equipamentos do artista, que vieram dos EUA (informações publicadas no jornal O Dia).
Por o brasileiro ter feito muito mais sucesso que o americano, espera-se que a Prefeitura economize no Natal do ano que vem um bom dinheiro, tão precioso para os cariocas em outras áreas!
Observações à parte: o show foi lindo, Gil e Wonder juntos, maravilhoso!