Além do acúmulo de preocupações que o fim de ano traz, o carioca precisa ficar bem atento a mais um item: ladrões de bicicleta, nos dois sentidos: ou estão de bicicleta, ou levam a bicicleta, ou ambas as coisas juntas, principalmente no Leblon e Ipanema, como aconteceu esta semana com a empresária de marketing Francine Capistrano no Jardim de Alah: “O ladrão levou minha bike novinha; ainda corri atrás dele, mas nada consegui. Ele me jogou da bicicleta (uma Trek Verde 4300, modelo 2013) e ainda me deu um soco no rosto”, diz ela, que fez Registro de Ocorrência na 14ª DP.
Na manhã desta quarta-feira (19/12), muita gente assistiu a uma série de assaltos na porta do Fórum de Ipanema e da igreja Nossa Senhora da Paz. Não só seguranças de prédios, como também os próprios moradores e até alguns policiais, assumem que os assaltos têm sido recorrentes. Nada fica de fora: bolsas, celulares, relógios, brincos, cordões… Qualquer coisa de valor é motivo para encher os olhos dos assaltantes-ciclistas.
A arquiteta Julinha Serrado, que já passou por isso no começo do ano, quando levaram joias, foi ameaçada de novo, recentemente, também perto da igreja. O mesmo aconteceu com a jornalista Maria Lúcia Rangel, ameaçada por um garoto: “Na Lagoa, ao lado de Ipanema, estão assaltando direto, na calçada dos prédios. Outro dia, um pivetinho de uns 6 anos me apontou uma faca. Estava com outros meninos e um rapaz”, afirma ela. Esses bairros estão muito afetados com o trânsito pelas obras do metrô, o que facilita a ação dos bandidos. “Principalmente as mulheres sofrem com esses vagabundos. É inadmissível essa sensação de insegurança dos moradores”, diz o advogado Theo Chermont de Britto.
Muito mais gente foi assaltada naquela área, mas não quer o nome publicado, o que não deixa de ser uma violência contra as outras pessoas: a omissão é uma contribuição para que esses fatos continuem acontecendo.