Quem vive na Avenida Atlântica, em Copacabana, não imagina o que se passa ali sob a mais linda vista do Rio: olhando de cima é uma coisa; de baixo, é bem outra. Pergunte a qualquer morador, que boa parte deles definem o que é a vida no famoso endereço – para muitos, um verdadeiro inferno. Marco da Costa Carvalho, que mora entre a Rua Ronald de Carvalho e o Hotel Copacabana Palace, resolveu filmar algumas cenas de rua, mostrando um pouco da rotina. Segundo ele, é exatamente ali, no Bar Balcony, que funciona uma espécie de Help (famoso ponto de prostituição), que encerrou as atividades, em janeiro de 2010 para a construção do Museu da Imagem e do Som (MIS).
“Somos moradores da Av. Atlântica e pedimos ajuda constantemente à Prefeitura e à Policia Militar! Pagamos um IPTU altíssimo e temos que aguentar, em frente aos nossos prédios, durante madrugadas inteiras, de segunda a segunda, um barulho infernal com prostitutas, traficantes, menores bêbadas, ambulantes vendendo bebidas alcoólicas, travestis gritando e brigando sem parar”, diz Marcos. Os mesmos problemas se repetem há anos: além dos citados, circulam carros com som nas alturas durante a madrugada. Ali se paga um dos IPTUs mais altos do Rio.
“A Atlântica é praticamente um carnaval baiano, ao ar livre, até de manhã, durante o ano inteiro”, afirma. O empresário, dono de academia de ginástica, resolveu, por si, só divulgar a desordem: cotidianamente grava vídeos que mostram a bagunça na qual se transformou o local. Veja, neste vídeo, uma das brigas envolvendo prostitutas e vendedores ambulantes.