Aos 90 anos de idade e 80 de carreira, viajando o Brasil fazendo shows e palestras, compondo e criando arranjos diariamente, Zé Menezes é puro vigor! Com o projeto “Zé Menezes – O virtuose das cordas”, por exemplo, ele vai percorrer seis cidades, começando pelo Rio no próximo dia 14, na Sala Baden Powell, em Copacabana.
Na palestra, que começa às 15h30, com entrada franca, Zé Menezes fala sobre sua carreira. E mostra um de seus segredos para tanta disposição: o bom humor. É de chorar de rir, por exemplo, a história de sua vinda de Fortaleza para o Rio, na década de 1940: uma viagem de mais de 20 dias, descendo o rio São Francisco de barco, trem, caminhão e tudo mais que se movimentasse. Sempre compondo e tocando onde podia.
Outro “causo” que Zé gosta de contar é sobre a “pressão” que sofria quando ensaiava com o Quarteto Radamés Gnattali. Isso porque Tom Jobim, que sempre estava por perto, ficava apressando Radamés para acabar logo e poderem tomar chope… E, claro, também não vai faltar sua frase preferida: “Sou bonito, rico, tenho carro, moro perto, toco muito bem e tenho telefone. Só tenho um problema… sou muito modesto!”
No show, que começa logo depois da palestra, às 19h, Zé Menezes vai tocar um repertório cheio de bossa nova, samba, choro, frevo, valsa, polca e baião. Daniela Spielmann (sax e flauta), Marcello Gonçalves (violão de 7 cordas) e Beto Cazes (percussão) formam a banda que acompanha o mestre.