Esta quinta-feira (05/08) é o “Dia do Alfaiate”, profissão praticamente em extinção. Existem um ou outro fazendo jus a esse profissional ainda valorizado por alguns homens elegantes. É o caso de José Davi Ceglio, de 45 anos, desde os 10 como alfaiate.
Ceglio assina ternos que chegam a custar R$ 60 mil, feitos com Royal Qiviuk, tecido à base de lã com fibras naturais raríssimas, obtida na época da troca dos pelos dos bois almiscarados (nativos do Canadá, Groenlândia e Alasca). Davi faz, também, peças mais baratas, que podem custar ali pelos R$ 1.000, produzindo, em média, 30 unidades por mês, sempre com o mesmo talento.
Ele, conhecido por muitos cariocas, já que trabalha há 17 anos exclusivamente para a Casa Alberto (muito tradicional no Rio), explica o porquê de a profissão também estar quase extinta: “As pessoas não têm paciência pra aprender.”