Mesmo sem o buxixo natural da “Cidade Luz“, pois é auge do verão e todos os franceses saíram de férias, a cidade inspira. Paris continua com um mistério e magia extraordinários. Lugares espetaculares para visitar, restaurantes para todos os gostos – mas não para todos os bolsos.
Definitivamente, a crise não é apenas momentânea: em Paris, ou você tem muito dinheiro, ou vai comer crepe, fast-food árabe e comida chinesa preparada todos os dias. E não são só os restaurantes que são caros: o supermercado é um assalto. Um abacaxi pode custar até 12€ !!!! Preste bem atenção: eu disse 1 abacaxi por 12 euros, não 12 abacaxis. Conclusão: que abacaxi comprar um abacaxi em Paris!
Deixando de lado a inflação das frutas, comer nos bistrôs (e a escolha é farta) e nos pequenos cafés com embutidos, queijos e vinhos da melhor qualidade faz não pensarmos em orçamento. Qualquer birosca francesa se torna um momento de prazer impossível de valorar. Normalmente, a surpresa é grata e você paga sorrindo, não pelo serviço porque este, na maioria das vezes, é de chorar e de matar. Não existe serviço melhor NO MUNDO que o de São Paulo, e não existe simpatia mais acolhedora que no Rio de Janeiro.
Entretanto, não existe tamanha felicidade como a de comer em clima descontraído um menu de estrela (Michelin). No Le Comptoir do Chef Yves Camdeborde, as entradas, saladas, os embutidos (feitos pela família dele) e os pratos são imperdíveis, e com um nível de requinte que faz a relação preço x qualidade superar o saldo positivo. Outro que nao perco é o Ma Bourgogne para comer o steak tartar na frente da Place de Vosges, o chez Georges e os drinks e jantar no maior clima parisiense e cheio de “ambiente” no Hôtel du Nord.
Nestes dias ensolarados, a minha sugestão é que você acorde com calma e tome o seu café da manhã em frente ao Sena, no restaurante Le Voltaire. Eles têm um menuzinho que inclui: suco de laranja ou grapefruit (frescos!), café, chá ou café com leite, pão, croissant, manteiga e geleia por 8,90€ – barato não é, mas, em Paris…Você já sabe que é isso mesmo…
Siga pelo Sena apenas um quarteirão e vá fazer uma visitinha ao Musée d’Orsay, começando pelos impressionistas no 5° andar, e vá descendo. Atualmente estão com uma exposição do Rodin e daqueles que se inspiraram no grande mestre. Vale a pena.
Tenho certeza que depois de caminhar por umas duas horas e meia, a fome estará apertando. Então estará mais que na hora de atravessar o rio, passar em frente da pirâmide do Louvre, passar pelo teatro da comédie française (e dar um alô para o mestre Molière) e sentar para comer um tradicional Croque Monsieur num dos cafés.
Para fechar o programa com chave de ouro, faça uma caminhada pelo Sena e, se o tempo estiver bom, desça pelas escadarias ao lado da ponte mais próxima e fique observando a correnteza do rio, os pássaros e a luz que surpreende a cada minuto. Incroiable! Se você é um amante de Paris, nao perca essas dicas do site do GNT. Os vídeos são ótimos…Depois me conta?
http://gnt.globo.com/viagemgastronomica/videos/_1198103.shtml
Drops Informativos:
. Musée d’Orsay, 1 rue de la Légion d’Honneur, 75007 Paris, France, tel.: +33 (0)1 40 49 48 14.www.musee-orsay.fr/.
. Restaurante Le Voltaire, 27 Quai Voltaire, Paris, 75007, France, tel.: +33 (0) 1 42 61 17 49.
. Restaurante Le Comptoir (e o crepe que fica ao lado): 9, Carrefour de l Odéon, 75006, France, tel. +33 (0) 1 44 27 07 97.
. Restaurante Ma Bourgogne: 19 Place des Vosges, 75004, tel.: +33 1 42 78 44 64.
. Restaurante Hotel du Nord: 102, Quai de Jemmapes 75010, tel.: +33 1 40 40 78 78.