Gerald Thomas, que está no Rio fazendo o seminário Gerald Thomas Fala e Ouve, que termina nesta quinta-feira (30/08), e faz parte do projeto Artista Visitante, recebeu Fernanda Montenegro na noite de ontem, dia 28, com muito, muito amor. Os dois se adoram, Gerald ainda trata Fernandona como família, a quem chama de sogra até hoje – o diretor foi casado com Fernanda Torres, como todo mundo sabe.
“Fernanda Montenegro é uma das poucas pessoas verdadeiras que existem na classe teatral”, diz ele, com sua sinceridade ilimitada. O momento em que a atriz, sentada no camarim, falava um trecho do monólogo “Viver sem tempos mortos”, sobre a vida de Simone de Beauvoir, atualmente no circuito cultural paulista, merecia ter sido filmado para ficar eterno. Mas foi assim: mais do que intimista.
A estada do escritor e dramaturgo tem lotado o espaço dia a dia. A intenção principal desses encontros era também discutir teatro, saber o que as pessoas andam pensando do assunto. No entanto, o que mais se viu foi Gerald ser entrevistado por muitos da plateia – quase todos tinham algo a perguntar, a afirmar, a comentar. Ali, além de mostrar vídeos de trabalhos feitos na Europa, nunca vistos no Brasil, muitas vezes GT debocha de si mesmo e se autodeprecia. É sócio do clube “Eu mesmo me detono”, e faz isso melhor do que ninguém.
Gerald embarca para Miami nesta quinta-feira (para cinco dias de férias), onde quer mergulhar no mar horas e horas, num hotel plantado na areia. No Rio, fica difícil fazer isso, pelo assédio. Ao ser chamado de “metido”, Thomas esclarece: “Garanti minha posição no mundo, graças ao meu talento. Metido, por quê?”. A noite desta quarta-feira (29/08) é o último dia para ver um pouco dessa espontaneidade ao vivo.