“Géza Heller: um carioca sonhador”, exposição que abre nesta quinta-feira (09/08) no Parque das Ruínas, em Santa Teresa, vai levar os visitantes a uma viagem no tempo. No ano em que o arquiteto húngaro completaria 110 anos, a exposição reúne alguns de seus projetos e 30 desenhos inéditos, em sua maioria da década de 1930, acompanhados de fotografias atuais com o mesmo ângulo das paisagens, feitas pelo fotógrafo Hermano Taruma.
É impressionante comparar passado e presente e constatar o crescimento do Rio. Cidade, aliás, que, quando passou em 1932 a bordo de um navio, Géza teve certeza que era onde queria viver. Sua filha Sylvia, curadora do evento, conta que ele veio para a América Latina em busca de estudos e profissionalização, pois o Primeiro Ministro da Hungria era antissemita e baixou, na época, leis que proibiam os judeus de ter acesso à universidade.
Géza morou no Rio por 56 anos, onde fez grandes obras, tanto na arquitetura quanto nas artes plásticas. A Igreja da Santíssima Trindade e o edifício Tabor-Loreto, no Flamengo; e os cinemas Metro Passeio e Metro Copacabana são alguns que levam sua assinatura.
Paralelamente aos trabalhos expostos, o Parque das Ruínas vai promover visitas mediadas e três oficinas por semana para crianças com as principais técnicas utilizadas por Géza.