Um vinho que só é comercializado quando apresenta uma qualidade excepcional. E que é preciso esperar oito anos para saber disso. Essas e outras curiosidades do “Barca velha”, vinho da região do Douro, em Portugal, serão apresentadas nesta sexta-feira (03/08) em almoço no Antiquarius. Antonio Campos, sócio da importadora Zahil, promove o evento com degustação de toda a linha da vinícola Casa Ferreirinha, incluindo o Barca Velha 2004.
Por sua raridade e esmero na produção, o Barca Velha é comercializado apenas duas ou três vezes a cada década. Todo ano eles fazem o vinho, mas só ganha o rótulo “Barca Velha” se o enólogo Luís Sottomayor considerar a evolução excepcional. E isso vai depender do ano, da temperatura, das uvas (Touriga, Tinta Roriz e Tinto Cão), da colheita e do armazenamento, e de como o vinho tiver evoluído na barrica.
A primeira produção deste vinho foi em 1952, por Fernando Nicolau de Almeida, que descobriu que a temperatura alta era inimiga do processo de fermentação. Por isso, naquela época de ausência de sistemas de refrigeração, ele mandava vir de Matosinhos para o Vale Meão caminhões cheios de gelo. A viagem durava 24 horas! Esta safra atual do Barca velha vem de sua 17ª colheita. Ah, sim, cada garrafa custa R$ 1.400.