O diplomata e empresário Edmundo Barbosa da Silva morreu nessa madrugada, no Hospital Samaritano, em Botafogo, aos 95 anos. Figura importante e atuante na história do Brasil, Edmundo entrou para a carreira diplomática, por concurso, em 1939. Tornou-de embaixador aos 38 anos. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Inglaterra, quando fez curso na Universidade de Cambridge. E, enquanto o Brasil permaneceu neutro, representou os interesses da Itália junto ao governo inglês. Posteriormente, foi presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool. Foi também Secretário-geral do Itamaray, o cargo mais alto, com exceção dos ministros.
A partir de 1963, desligou-se da carreira diplomática para trabalhar no Grupo Caemi, da família Azevedo Antunes. Foi, também, presidente do conselho da Generalli de Seguros durante 25 anos; membro do conselho da Pirelli e teve atuação social importantíssima na ação Comunitária do Brasil.
Barbosa da Silva chefiou inúmeras missões no exterior, inclusive junto ao Gatt (organismo internacional antecessor da OMC – Organização Mundial do Comércio). Esses são apenas alguns dos muitos cargos e funções que o diplomata exerceu na vida.
Ele morava em São Conrado, e deixa quatro filhos de dois casamentos, dos quais três, com sua última mulher, Tita Barbosa da Silva. Foi, ainda, muito amigo de Juscelino Kubitscheck, até a morte do ex-presidente, em 1976.
Nos últimos anos, dedicou-se à lavoura em sua fazenda, perto de Campos, Estado do Rio.
Passou por muitas internações com problemas decorrentes da idade, mas sempre que melhorava de cada uma delas, a inteligência, a serenidade, a elegância, o senso de humor voltavam à tona. Na semana passada, teve uma pneumonia, razão da última internação, neste fim de semana.