“Conseguiu aliar, na mesma pessoa, a autenticidade do sertão e a sofisticação de Londres”, disse Marcílio Marques Moreira em seu discurso, durante a Missa de Sétimo Dia do Embaixador Edmundo Barbosa da Silva, na noite dessa segunda-feira, na igreja da PUC, lotada, na Gávea.
Marcílio falava sob a atenção de pessoas como o Ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota e o diplomata Marcos Azambuja, entre outros nomes. “Marcílio tem o dom da palavra”, dizia uma senhora. A frase é batida, mas descreve bem o ex-ministro: quando fala, consegue passar, ao mesmo tempo, firmeza e delicadeza. Em poucos minutos, Marques Moreira retratou o amigo que partiu no último dia 8, esclarecendo também que ele foi seu primeiro chefe, em 1954, no Itamaraty. Falou de amizade, de afeto, de histórias…
Disse também da importância de Barbosa da Silva na época do governo de Juscelino Kubitschek: “Foi um importante elemento da economia interna do Brasil nos anos JK“. E, antes de encerrar, lembrou que Alexandre Barbosa da Silva, pai de Edmundo, muito amigo de Guimarães Rosa, poucas horas antes de morrer, na sua casa, na Avenida Visconde de Albuquerque, pediu: “Chamem o Rosa pra ele ver como é que morre um sertanejo”, ou seja, mostrando a semelhança entre pai e filho!
Por fim, Edmundinho tocou no violão “Eu sei que vou te amar….”. São detalhes que desmentem a máxima de que toda Missa de Sétimo Dia é como festa de casamento: tudo igual. Não é, de jeito nenhum!