O que foi dito sobre Gabriela (que estreou na Globo nessa segunda-feira, 18/06) não se restringiu aos profissionais da área. Nas internas, ou seja, na própria emissora, o assunto foi muito falado também: alguns disseram que Juliana Paes (de 33 anos), a protagonista, é uma balzaquiana, e a personagem Gabriela, à época, era uma menina. A olhos amadores, Juliana parecia perfeita para o papel.
Não para por aí: comentavam ainda sobre “uma cantora de axé representar Maria Machadão, com tanta atriz boa”, incluindo a própria Sônia Braga, que fez a primeira Gabriela. A referida cantora é Ivete Sangalo, como mostrado. Sangalo, aparentemente, esteve melhor do que umas tantas atrizes há anos na profissão; quanto a cantores, modelos e nadas que são chamados de atores, é outro ponto.
Lendo algumas críticas de quem entende do assunto (supõe-se) à novela das 11, é o caso de imaginar que devem saber o que estão falando. Por exemplo, que foram usados muitos filtros na fotografia, o que passa completamente despercebido para o telespectador, que simplesmente acha tudo muito bonito – e no fim é o que interessa. Não sendo do meio, que importância tem ter usado esse ou aquele recurso?
Já outras críticas parecem bem pertinentes, por exemplo, do Fernando Oliveira, do IG: “No esforço de mostrar o quanto a personagem-título é sensual e brejeira, deixou-se de lado um mergulho mais profundo nas emoções provocadas pela seca e pela morte do tio. O mesmo pode-se dizer do momento em que, jogada nas ruas da cidade, espera, sorridente e insinuante, um novo rumo para sua vida”.
Quanto ao Bataclã, a Globo enriqueceu tudo, até demais: não precisa conhecer o interior da Bahia, ou ter vivido ali em qualquer século, pra saber ser impossível aquela, digamos, chiqueria, mesmo levando em conta os anos de ouro do cacau – hoje, passado remoto. Mal comparando, houve quem citasse até um musical da Broadway – exagero, vai! Nem no Moulin Rouge, em Paris, deveria ser assim. Mas … arte é arte!