Enquanto uma onda de assaltos (amplamente divulgados) toma conta do Jardim Botânico, acaba de ser retirada a única cabine da PM que ficava na Lopes Quintas, esquina de Rua Corcovado, no mesmo bairro – o que desagradou muito aos moradores das ruas acima, em sua maioria, casas. “A cabine ali dava uma sensação de segurança; funcionava muito mais do que esses carros da PM que eventualmente aparecem”, diz um antigo morador.
O fato é que muitas cabines vêm sendo retiradas de inúmeros pontos da Zona Sul, como aconteceu recentemente na Praça Cazuza, no Leblon, aumentando a insegurança no local. Quem vive ou trabalha na Dias Ferreira, bem pertinho, por exemplo, afirma que a violência cresceu na área, desde que a cabine dali também foi retirada. Sem falar em algumas que existem, mas só na ficção, já que estão completamente abandonadas, como é o caso da que está instalada na Rua Félix Pacheco com Embaixador Graça Aranha, no Jardim Pernambuco. Isso, pra citar apenas os casos recentes!
Muitos cariocas deveriam se juntar para tentar uma solução para o problema. Mas isso é papel do cidadão? O que o Secretário de Segurança José Mariano Beltrame precisa compreender é que o policiamento rotativo – esse que dizem que existe, mas nunca está quando a população precisa – não deveria excluir o fim das cabines. Uma medida não pode extinguir a outra; aparentemente é o que está acontecendo.