Tudo tão bom que esqueci de falar do leitãosinho de leite em baixa temperatura e o siri mole com paçoca de barú, canjiquinha branca, coco, brotos de coentro e pimenta biquinho. Fantásticos!
Com relação ao serviço, me senti em casa. À vontade. É o mais difícil de se conseguir nos restaurantes de alta cozinha. Ou o serviço é formal demais e/ou excessivo. No Oro, Raul de Lamare comanda com maestria o salão e as reservas. A cor neutra dos uniformes faz com que a grande brigada se movimente desapercebidamente. Todos eles treinadíssimos e afinadérrimos. O Felipe dá o ar da graça para explicar alguns pratos assim como o seu super, competentérrimo e fiel escudeiro sous chef Itamar.
Miguel Pinto Guimarães arrasou na arquitetura. As mesas são um pouco coladas. Mas na Europa é assim e botequins lotados também. Não me incomoda.
As sobremesas, Ah! As sobremesas! Tem pros amantes de creme, amantes do chocolate e do caramelo. Os mini churros, o pudim de leite, as mousses, brigadeiro. Isso é que é final feliz.
Eu realmente me derreti em elogios, todos merecidos e saboreados. Tem apenas uma observação que também precisa ser feita: o excesso do uso do Nitrogênio. Muitos pratos utilizam a técnica. Entretanto, eu super entendo. Ferran também abusou das espumas quando descobriu os sifóns. É muito difícil não se emocionar com técnicas que aprendemos e que rendem bons resultados. Portanto, use e abuse!