A expectativa foi grande com tanta polêmica, começada em novembro passado, sobre a retrospectiva da americana Nan Goldin que iria para o Oi Futuro, mas não foi, depois da alegação de que não era condizente com seu perfil educativo. A exposição estreou no Museu de Arte Moderna, nessa quarta-feira (08/02), com tanta gente diferente e, digamos, exótica, que os personagens excêntricos de Nan deixaram a dever a alguns que circulavam pelo MAM.
O mais interessante era mostrado nas três cabines montadas para a ocasião – ali podiam ser vistos nudez, cenas de sexo, uso de drogas etc. O único problema era suportar o calor de matar dentro delas – virou um entra e sai, já que ninguém usava traje adequado para sauna. Muitos desistiram.
Ao ver cena de sexo, um jornalista brincou: “Não sei se é mais quente na tela ou fora dela”. Os curadores da mostra, Lígia Canongia e Adon Peres, foram muito cumprimentados, assim como quem consegue uma vitória. Indagado sobre o assunto, o fotógrafo Flávio Colker, carioca premiado e com nome firme no mercado, resumiu: “O trabalho da Nan é mais dramático do que plástico – é mais teatro. Ela te coloca diante da vida das pessoas, com todos os defeitos. Ela expressa o quanto somos guiados pelo corpo e suas urgências.” Apesar de conhecer o trabalho de Nan, Colker não pôde ver a exposição: “Não consegui, está muito lotado”.
A exposição fica até 8 de abril. Os ingressos custam R$ 8 ou R$ 4 (meia-entrada).