Alexandre Accioly, que trabalha pelo menos 12 horas por dia, acaba de inaugurar, esta semana, mais uma Bodytech, desta vez, em São Paulo – a maior academia coberta do Brasil, numa área de 9.300 metros quadrados. Trabalho pra ele é realização: “Se quisesse, estaria vivendo de renda, mas não é o que eu quero”, diz o empresário, que, além da rede de academias (uma das suas paixões), tem ainda rádios, restaurantes etc. Entre todas as empresas, Alexandre calcula mais ou menos quatro mil funcionários.
Pai de Antonio (de 5 anos) e, a partir de outubro, também de Maria Carolina, Accioly é louco pela família, Alexandre está casado ha seis anos com Renata Padilha: “Mas é como se estivesse começando hoje”, comenta. Depois da mulher e filhos, o que mais ama fazer na vida é viajar; depois, ir ao cinema. Ele assiste a pelo menos quatro filmes por semana. É ainda o mais conectado de todos os cariocas – quando está fora do Rio, seja no país que for, fica ligado o dia inteiro no telefone e no e-mail. Mas consegue fazer isso sem ser chato. Não age como algumas criaturas, por exemplo, que saem pra jantar e colocam três celulares em cima da mesa – de jeito nenhum. Outra coisa que ele está adorando é a revista “Bodytech”, que será distribuída entre os alunos da rede. Sai este mês, com 70 mil exemplares. No mais, Accioly contiua o mesmo: alegre, simples, feliz e, ultimamente, mais magro, o que caiu muito bem!
UMA LOUCURA: “Alugar um barco, pegar minha família e ficar um ano viajando pelo mundo sem saber onde atracar nem qual o próximo destino.”
UMA ROUBADA: “Uma roubada é ser passageiro de voos comerciais no Brasil, pela qualidade e pela estrutura aeroportuária, pelos péssimos serviços da Infraero, incluindo o pessoal de terra.”
UMA IDEIA FIXA: “Não usar mais relógio – é o oposto da liberdade. Quando você tem hora pra tudo, você é prisioneiro. Meu principal companheiro é o relógio – sou refém dele.”
UM PORRE: “Todos os que tomei no “Oi noites cariocas.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Não ter feito uma faculdade. Hoje eu faria, mas não tenho tempo; aliás, nunca tive. Sou um empreendedor desde criança. Minhas conquistas financeiras são consequência das minhas conquistas profissionais.”
UM APAGÃO: “Já chegam os da Light.”
UMA SÍNDROME: “Síndrome de ter solidão.”
UM MEDO: “De faltar saúde. Tento fazer tudo certo.”
UM DEFEITO: “Sou perfeccionista. Tudo que eu quero fazer faço direito. Quando resolvi comemorar meus 40 anos, foi aquele festão na Ilha Fiscal. Entrei no negócio de academias, a rede vira a maior da América do Sul. Se pego uma gripe, trato como se fosse uma pneumonia. Vou ao limite. Pode ser visto como virtude, mas como faço, vira um defeito.”
UM DESPRAZER: “Fazer coisas ou conviver com certas pessoas em que as relações profissionais às vezes se impõem, ou seja, quando o compromisso profissional fala mais alto. Vou até o limite da ética.”
UM INSUCESSO: “Foram alguns, mas o mais importante foi o meu jornal de classificados de automóveis, chamado ‘Autonegócio’, que tinha em 1991 e tive que fechar quando o Collor deixou toda a população com 50 reais na carteira, paralisando o setor. Mas, pra minha alegria, o único ativo que sobrou foram seis linhas, com as quais eu comecei a trabalhar na empresa de telemarketing, vindo a vender depois. (O valor foi de US$ 140 milhões, divididos com o Unibanco). Foi quando montei a 4A.”
UM IMPULSO: “Sou o próprio impulso, completamente impulsivo em tudo.”
UMA PARANOIA: “Fazer da minha família a mais feliz do mundo. Estou há seis anos casado (com Renata Padilha) e sempre é se fosse o primeiro dia. A outra é estar sempre em segurança – a física mesmo. Quero um país seguro pra viver”.