O inglês Damien Hirst é rico, famoso e considerado um dos artistas mais falados da atualidade, principalmente a partir dos anos 90, depois de ter fatiado um tubarão-tigre, colocá-lo numa vitrine cheia de formol e vendê-lo por mais ou menos 10 milhões de dólares. A obra se decompôs, virando um escândalo no meio das artes, quando foi substituído por um novo tubarão.
A jovem colecionadora carioca Antônia Galdeano Jerusalmi, que vive em São Paulo, acaba de comprar, na galeria Gagosian Store, em Nova York, um quadro de Hirst, todo cheio de borboletas. Dois dias depois de chegar ao Brasil, as borboletas começaram a se desfazer e a tombar – só faltou mesmo baterem asas e voarem! Antônia, que prefere não dizer quanto pagou pelo quadro (barato não foi, obviamente), ligou para a galeria e ficou sabendo que isso já aconteceu outras vezes, que os clientes mandam entregar lá e consertam. Ouviu ainda que, se ela não está satisfeita, que devolva.
Antônia despachou o quadro pelo correio nessa segunda-feira (28/03), e eles é que vão se responsabilizar sobre o estado em que chegará lá. “Como vou consertar um quadro caríssimo que dá defeito em dias de uso? Não quero um restauro, perdeu a magia. Quero meu dinheiro de volta”, diz ela. E completa: “O artista contemporâneo é como os modernos, que fazem um trabalho por paixão, e com consistência, tempo e dedicação, ou eles seguem modismos e correm apenas atrás dos lucros?”
Tanit Galdeano, mãe de Antonia, também adora artes, mas nunca passou por nada parecido!