O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) acaba de lançar uma campanha de conscientização para os organizadores de eventos carnavalescos – que usam e abusam de marchinhas, samba, frevo, e axé – para que eles paguem direitos autorais aos criadores das músicas tão tocadas nesta época do ano. A campanha homenageia João Roberto Kelly, o criador de “Cabeleira do Zezé” e “Maria Sapatão”, e esclarece que os herdeiros de autores como Braguinha (“Chiquita Bacana”), Lamartine Babo (“Teu cabelo não nega”), Haroldo Lobo (“Allah-la-o”), André Filho (“Cidade Maravilhosa”), entre outros, também recebem direitos autorais até 70 anos após a morte dos autores. “Muitos compositores só recebem direitos autorais nesta época do ano”, explica Bia Amaral, gerente executiva de Marketing do Ecad. É o caso de Kelly, cuja renda triplica nos dias de folia: “Não sei o que seria de um compositor se ele não recebesse o direito autoral”. Segundo dados do Ecad, no carnaval do ano passado, foram distribuídos R$ 13,7 milhões para sete mil artistas.