O réveillon de Henrique Pinto mostrou aos estrangeiros uma vista espetacular de toda a praia de Copacabana do alto de uma cobertura na esquina da Rua Joaquim Nabuco com Avenida Atlântica, a mesma onde a atriz Cléo Pires posou para a revista Playboy, em 2010.
Henrique faz direito tudo aquilo a que se propõe. Não tem intenção em ser nada, em parecer coisa alguma, em aparecer em lugar nenhum (sem fotos, como condição) – quer apenas exercitar bem um dos seus maiores prazeres: o de dar festas. Consegue promover as noitadas mais incríveis, seja em Angra, em Punta, em Saint Barth, em Saint Tropez, seja em qualquer lugar do mundo que escolher. E não venha dizer que basta ter dinheiro para organizar uma festa bacana. Isso não é verdade. Henrique tem, é fato, afinal é dono da Globalbras, que congrega empresas das mais variadas nas áreas de construção civil, aviação, beleza, bebidas e alimentos etc. A Água de Cheiro, por exemplo, soma 500 lojas no Brasil.
É preciso muito mais que cifras para organizar uma grande festa – grande além do número de convidados, obviamente. É preciso dom, talento, desejo – ninguém sabe explicar: existe um mistério. Que o digam os 350 convidados que por ali passaram nessa virada de década; parecia um número bem maior. Muitos jantavam no andar de baixo, outros relaxavam na piscina no andar de cima, outros tantos lotavam a pista de dança; enquanto isso, o bar lotado.
O clima estava inacreditável em todos os sentidos, tanto metereológico quanto humano, se é que vocês me entendem… E todo mundo ali estava bem atendido: uma modelo, por exemplo, escolhia o seu drink pela cor. Nessa hora, pegou uma bebida vermelha, que combinou tanto com sua sensualidade quanto com seu decote. Essa não estava na categoria dos amantes do champagne, que também poderia optar entre três marcas: a Moët foi a vencedora. Um cirurgião plástico tentou definir o perfil da festa. Não conseguindo, concluiu: “É tanta gente bonita, princesa A, ziliardário B, bonitão C, que chega a dar uma certa agonia”. A atriz Alinne Moraes fazia, de alguma maneira, parte desse clube: estava uma loucura. Muitos lindos e sarados subiam e desciam, andavam pra lá e pra cá, quando um deles explicou: “Vou divulgar o meu corpinho”, afinal a criatura malha tanto, pra quê? Para dar uma ideia da faixa etária, o mais velho a circular foi o fotógrafo Mario Testino, muito querido no Rio, tanto que sempre tem alguém ao seu redor: uma gataria danada.
De um lado, aquela vista empolgante de toda a Atlântica; do outro, a não menos inacreditável vista da favela tal, que de tão iluminada nem demonstra o que se passa ali nas entrelinhas. E, neste ano, a Prefeitura contribuiu: os fogos foram um verdadeiro espetáculo, com ritmo e criatividade, como não se vê há muito tempo. Quanto ao réveillon, Henrique que dê um jeito – a cariocada quer que faça parte do calendário. Só tem um detalhe: o empresário não repete a festa no mesmo lugar dois anos seguidos. Pronto, começamos 2011 com esse problemão!