A inauguração da árvore de Natal da Lagoa é a terceira maior festa do Rio, depois do réveillon e do carnaval. Talvez essa posição precise ser revista, a não ser que isso seja medido levando em conta apenas o número de pessoas, já que, na virada do ano, há muito mais turistas na cidade e, obviamente, Copacabana recebe um público bem maior. Os fogos, antes de a árvore ser acesa, nesse sábado (04/12), superaram em ritmo e beleza os do réveillon – foi absolutamente perfeito, sem aqueles “buracos” no céu, como costuma acontecer em Copa. E emociona mais, sem falar que a árvore (de 85 metros de altura, com mais de três milhões de microlâmpadas e um peso de 542 toneladas) fica acesa de 5 de dezembro a 6 de janeiro, decorando o cenário carioca e provando que não é impossível embelezar ainda mais o Rio de Janeiro. Famílias inteiras partem em direção à Lagoa Rodrigo de Freitas, já em clima de Natal, ou seja, completamente desarmadas, em todos os sentidos. Uma senhora, que se emocionou na hora dos fogos, dizia: “Essa é a minha árvore” – já que, segundo ela, não tinha nada disso em sua casa Um turista de Natal fazia questão de dizer orgulhoso: “Aí tem dinheiro meu também”, numa referência ao que ele paga pelo seguro Bradesco, patrocinador do evento. Enquanto isso, um argentino completava: “É, de longe, o maior espetáculo do Rio”. Segundo dados oficiais, 35 mil pessoas acompanharam a inauguração, em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, sendo que grande parte delas, no Parque Cantagalo, onde ficava o palco para os shows de Simone, Milton Nascimento, Ivan Lins, além da bailarina Ana Botafogo e do dançarino Carlinhos de Jesus. O camarote oficial foi bastante prestigiado: de Antonio Carlos de Almeida Braga a Olavo Monteiro de Carvalho, de João Havelange a José Mariano Beltrame e muito mais gente bacana.