Sobre ser preciso dar uma oportunidade aos novos órfãos do tráfico surgidos com as instalações das UPPs (esses garotos que de repente se viram “desempregados” depois da pacificação das favelas), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, fala do assunto: “A urgência obriga toda a sociedade a se mobilizar para acolher esses jovens. Sei das dificuldades de convencê-los a ser cidadãos, mas temos que insistir”. Eduardo Eugênio esclarece ainda que a Firjan tem quase 100 pessoas direta ou indiretamente envolvidas nas UPPs, no programa chamado Sesi Cidadania. A maioria é de mulheres que trabalham na instituição e acham tempo para subir os morros, trabalhar nos fins de semana, interagir com as lideranças comunitárias e com o Poder Público (governador, prefeito e as várias secretarias estaduais e municipais). Em uma determinada comunidade pacificada, foram abertas matrículas para cursos profissionalizantes. As inscrições foram muito abaixo do previsto. Entraram, esta semana, com campanha publicitária no local – até nas rádios da comunidade -, para tentar convencer os jovens que existem opções para suas vidas!