Como dizia José Wilker e o meu grande amigo e cineasta Charly Braun está sempre me lembrando: o único lugar que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.
Sylvia Rodrigues é prova disso. Ela estudou agricultura orgânica, farmácia, homeopatia e é completamente tarada e devota às plantas medicinais. Sorte nossa. Possui profundo conhecimento sobre as ervas, suas características terapêuticas, dosagens e aplicações. Para ela, as plantas são um presente da natureza que pode e deve fazer parte da nossa vida, nos trazendo vitalidade e possibilitando a prevenção de desconfortos e algumas doenças, naturalmente. Ela me explicou que só podem ser chamados de chás os que são feitos a partir de Camellia Sinensis, os chás branco, amarelo, verde, azul, pu-ehr e preto. Este nome ‘Sinensis‘ faz remissão à China, onde o chá foi descoberto. Reza a lenda que um imperador começou a mastigar as folhas despretensiosamente e descobriu suas maravilhosas propriedades curativas em seus desconfortos estomacais.
Mas qual a forma correta de preparar?
O tempo de infusão varia de acordo com as características de cada um, fermentação, secagem, se for o caso, e etc.. Se estamos falando de sementes, como erva doce, canela em pau e anis estrelado, entre outros, quatro minutos em água a 85/ 90 ºC é o ideal. No caso do uso de ervas ou plantas frescas, um minuto, e secas, no máximo dois, na mesma temperatura. O chá branco possui a folha muito dura, portanto deve infusionar por quatro minutos. Já o chá verde é diferente. Ele tem as folhas mais abertas e sabor mais pronunciado; o tempo de infusão não deve superar os 30 segundos, sob o risco de ficar com gosto demasiado amargo.
Você prefere tomar o seu chá gelado? Nenhum problema, desde que você prepare, coe, tape e guarde-o na geladeira. Entretanto, saiba que o sabor se perderá aos poucos, gradativamente.
Mas como identificar a temperatura da água? 85 a 90ºC é a temperatura que você consegue colocar o dedo sem se queimar. A água nunca deve superar 100ºC – não se esqueça que são ingredientes delicados, e os óleos essenciais são voláteis. A qualidade da água é importante? Sempre! No Brasil a água não é muito calcificada, mas na Europa, por exemplo, é importantíssimo o uso de água mineral.
Lembrando que todos devem infusionar cobertos para que os óleos essenciais, suas características terapêuticas, aroma e sabores não evaporem. Qual a melhor forma de armazenar? Em lugar ventilado e escuro. Mas deixe que a equipe da Sylvia ou ela mesma explique tudo isso para você. A visita a esse ‘templo medicinal’ vale a pena. Tá duvidando? Tome um chá ou uma infusão e pense a respeito.
Sugestōes de infusōes:
TPM e menopausa: folhas de amora, artemísia.
Gripes e resfriados: sabugueiro, hortelã, anis estrelado.
Bronquites: guaco, alecrim, capim limão, erva doce.
Estresse: melissa, lavanda, tília.
Insônia: tília.
Cistite/ cálculos renais: cavalinha, salsa, unha de gato.
Acne e beleza da pele: a flor da violeta.
Diabetes/ regular o açúcar no sangue: amora miúra, folha de uva, morango silvestre.
Ressaca: boldo, carqueja, menta.
Drops Informativos
tel.: 11 5523 9615
http://www.teakettle.com.br