No julgamento excepcional para a cassação da chapa Dilma-Temer, com o relator, Herman Benjamin, tendo praticamente o Brasil inteiro ao seu lado, a vida do ministro ganhou as redes sociais. Dentre outros comentários a seu respeito, tem sido muito divulgada sua sexualidade: homossexual (assumido). Não daria pra imaginar outra maneira de Herman Benjamin viver, a não ser assumindo tudo que faz. Gay ou não gay (assunto particular dele), a realidade é que tem se mostrado o mais corajoso dos últimos tempos. Quando foi sugerido desmembrar entre titular e vice, ele deixou logo as coisas claras: “No Brasil, ninguém elege vice-presidente. Elegemos uma chapa que está irmanada, unida para o bem ou para o mal”. E tem tiradas ótimas, como nessa quarta-feira (07/06): “Só os índios não contactados da Amazônia não sabiam que a Odebrecht tinha feito colaboração premiada”, ou nesta sexta-feira (09/06): “Recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”. Em muitas das suas análises, Benjamin tem o cuidado de esclarecer as coisas aos estudantes que assistem ao julgamento, certamente inesquecível para todos ali. É como se estivesse sempre fazendo um duelo com o ouvinte, firme, mas pacífico. Bem argumentado, “tem o dom da palavra”, como se diz no interior (de onde ele é: nasceu em Catolé da Rocha, na Paraíba). Nesse homem (com H maiúsculo) bem articulado, a transparência – tão falsamente explorada pelos políticos – é percebida de sobra, a começar por assumir sua homossexualidade no meio jurídico. Isso é só um exemplo. É como se víssemos seus méritos orgulhosamente lançados para quem quiser. Parece ser dessas criaturas raras que aparecem na vida.
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Um homem íntegro , corajoso e verdadeiro. Não como irá sobreviver com essa corja que o cerca.
OBRIGADA MINISTRO!! ESPETACULAR!!!!
Ele é um alento no momento em que vivemos. Inteligente, preparado é excelente juiz.