Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do Presidente Michel Temer, o homem mais bomba do Brasil – não aqueles suicidas, pois político brasileiro não teria esse gesto de “nobreza” -, pensa em fazer delação premiada (depois de filmado recebendo mala com R$ 500 mil em propina). Pode salvar metade da sua pele e mudar a história do Brasil. O Ministério Público Federal reapresentou o pedido de prisão de Rocha Loures nessa quinta-feira (01/06), depois que foi formalizada a posse do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que saiu do Ministério da Justiça e retornou à Câmara. Com a posse de Serraglio, Loures perdeu a vaga por ser suplente de deputado. A perda da imunidade parlamentar, a iminência de ser pai a qualquer momento (sua mulher está no oitavo mês de gravidez) e a depressão que o está deixando debilitado (depois do escândalo JBS), tudo isso certamente pode levá-lo a escolher pela delação. Vamos dizer que Rocha Loures atinja seu máximo de sinceridade e, sem vagueza, decida fazer a colaboração com a Justiça, pegue pouco tempo de prisão e, em poucos anos, possa voltar à vida, sentir o sol na pele ao lado da família, pegar no colo o filho de 2 ou 3 anos e tentar desembaraçar-se do passado. E a reputação? Como é que fica? A imagem de Loures nunca mais vai sair do chão? Reputação é difícil de criar, mas é fácil de perder. Um arrependimento sincero ajuda muito. E, talvez, contar num livro os bastidores sem nenhum desvio da verdade. Pode virar best-seller, seguido de palestras, entrevistas, como aqueles traficantes que mudam de vida e se transformam em outra pessoa, ou ex-drogado que vira pastor – e todo mundo acredita. O ideal para Rodrigo Rocha Loures seria virar um samaritano, tentando um gesto sensato, não mais embriagado pelo “propinare” (adoro latim!).
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Que reputação, Lu?